Mente sã, corpo são

“Mens sana in corpore sano” é uma famosa citação latina para dizer que o equilíbrio entre o corpo e a mente é a chave da qualidade de vida.

A mente precisa estar bem para o organismo também estar. Muitos problemas físicos que aparecem no corpo, nada mais são do que sintomas causados por problemas psicológicos.

Vejo que a maioria das pessoas que estão muito acima do peso ou obesas, e se sentem insatisfeitas com isso, carregam problemas emocionais mal resolvidos e encontram na comida uma forma de satisfação momentânea e de preenchimento interno (eu, por exemplo, fiz isso por muitos anos, principalmente no auge da depressão). 

Todos nós sabemos o que precisa ser feito para emagrecer: comer menos e se mexer mais. Mas se é algo tão simples, por que inúmeras pessoas não conseguem? 

Percebo que as pessoas se focam apenas no plano físico e não percebem a importância do mental, que afinal, está diretamente interligado ao corpo. 

Falando em emagrecimento, é fundamental dizer que a cabeça precisa ser trabalhada, além do corpo.

Esses dias li o caso de uma moça que fez redução de estômago (vocês podem ler Aqui) e mesmo emagrecendo, não se sentiu satisfeita, poque a mente não acompanhou a mudança do corpo.

É ilusão pensar que "o dia que eu for magra, vou ser feliz". As coisas não são bem assim. 

Emagrecer é transformar sua imagem. A imagem que você tem de si mesmo e que estava acostumado a ver todo dia. É como se o excesso de gordura encobrisse uma "outra" pessoa que existe dentro de cada um, e quando a "nova" aparece, é um choque.

Eu já estive muito acima do peso e quando olho fotos antigas e comparo com as de atualmente, fico espantada com a diferença. 

Quando resolvi emagrecer de vez, este ano, eu estava mais gordinha, mas dentro do IMC normal. Desde quando iniciei meu processo de emagrecimento definitivo, com 59 kg, até agora, vejo uma diferença enorme.

(Em outros posts vou contar toda a minha luta pra emagrecer. Só pra vocês entenderem, resumidamente, eu sempre tive problema com peso (até 2009). Aí entrei numa depressão profunda (2010) e engordei MUITO. Consegui emagrecer até os 60 kg (fim de 2011) e permaneci com este peso até janeiro de 2013, quando resolvi mudar).

Me lembro de quando tirei uma foto no shopping (este ano) e vi a "nova Mari" (leia-se: Marianne 4 kg mais magra), pela primeira vez. Eu fiquei espantada, me achei muito magra. Só percebi de fato que tinha emagrecido quando vi minha foto.

Hoje eu consigo me alimentar de forma balanceada e me exercitar regularmente, porque a minha cabeça está boa. A motivação, que é o que faz você permanecer firme, está dentro de cada um, e precisa estar fortalecida. Para ter sucesso, no que quer que seja, mas falando de emagrecimento, é preciso estar bem internamente.

Eu alcancei este estado de "equilíbrio" não de um dia para outro. Foi um processo lento e difícil. É desafiante você sair da zona de conforto e mudar os velhos padrões. No entanto, se você não quebrar os velhos paradigmas, você vai permanecer neste círculo vicioso.

Há diversos meios que podem ajudar a "sair do casulo". Fiz terapia por muitos anos e digo que foi fundamental na minha vida. Ainda há muito preconceito sobre isso, pois existe a crença de que "psicólogo é pra louco". E isso é o maior mito. Terapia ajuda, isso é um fato (digo por experiência própria e por ser estudante de psicologia). Só que é um processo lento, você vai entrar em contato com coisas que você quer esconder, de você mesmo. É doloroso. Só que acima de tudo, é libertador. Quando você fala e põe pra fora aquilo que está lá no fundo, é como se saísse um peso das costas. Mas eu não vou me aprofundar neste assunto já que sou suspeita para falar. rs

E não, você não precisa necessariamente (salvo alguns casos) fazer uma psicoterapia para ficar bem consigo mesmo. Existem várias formas e até meios alternativos. Só acho que é importante a pessoa buscar aquilo que lhe faça bem  e não se acomodar com a vida que leva, principalmente se está infeliz.

Equilíbrio

“O Mestre na arte da vida faz pouca distinção entre o seu trabalho e o seu lazer, entre a sua mente e o seu corpo, entre a sua educação e a sua recreação, entre o seu amor e a sua religião. Ele dificilmente sabe distinguir um corpo do outro. Ele simplesmente persegue sua visão de excelência em tudo que faz, deixando para os outros a decisão de saber se está trabalhando ou se divertindo. Ele acha que está sempre fazendo as duas coisas simultaneamente.”

(Texto budista)